segunda-feira, 8 de março de 2010

A doce prisão domiciliária

Ahhhhh!, é óptimo poder gatinhar à vontade no meu corredor... pôr-me em pé ou sentar-me quando quero, mexer em tudo o que me apetece... mas acho que se passa alguma coisa com os meus pais. Agora andam sempre atrás de mim, levam-me para todo o lado e não se afastam nem um bocadinho.

A verdade, segundo percebi, é que os meus pais têm medo que eu dê uma cabeçada em algum lado. Este capacete é fofinho, mas parece que não é à prova de tudo... e é preciso ter cuidado pois o meu implante foi colocado há muito pouco tempo, e precisa de tempo para se acomodar, fixar e para que o golpe que me fizeram cicatrize bem. Segundo o que os meus pais no outro dia pareciam estar a dizer, são mais de vinte pontos na minha cabecita que, apesar de eu sair ao papá no que respeita a perímetro cefálico, ainda é muito pequenina...

Felizmente, a avó Setinha primeiro, e depois a avó Selinha, vieram passar uns dias comigo e ajudaram a minha amiga Vivi e os papás a tomar conta de mim... assim que cheguei a casa voltei a dormir bem, a recuperar e ainda aumentar o meu apetite, e a estar sempre bem disposto. Sempre? Quase sempre!
Os meus pais meteram na cabeça que, uma vez que estava a tomar o antibiótico, não me deviam levar à rua... SEEEECA! Eu adoro ir à rua, e esta espécie de prisão domiciliária estava a deixar-me os nervos em franja... felizmente a semana passou depressa e eu estava pronto para voltar a Coimbra, tirar os pontos e parar de tomar aquela mistela branca que me davam junto com o leite, com os meus iogurtes, numa seringa... arghhh!... não sou grande apreciador de remédios!...

1 comentário:

Anónimo disse...

Olá, Bininhas!
Que bom voltar a ter notícias tuas!Confesso que vinha aqui todos os dias espreitar e andava assim inquieta por não saber o que se estava a passar. Ainda bem que já estás em casa!
Espero que continue tudo a correr muito bem e que te habitues ao teu capacete...que também já não vai durar muito tempo.
Umas beijoquinhas,
Inês (Misal)